Promulgada dia 18 de dezembro de 2007, a lei estadual 15.722, que isenta motos da cobrança do pedágio, teve validade por apenas 20 dias, até a vigência da liminar, e agora volta a valer. As concessionárias já recorreram na Justiça e tentam implantar a cobrança de pedágio novamente.
Nos 480 quilômetros das sete praças administradas pela concessionária Rodonorte – nos trechos entre Curitiba e Apucarana e Ponta Grossa e Jaguariaíva – a cobrança, que varia entre R$ 2,30 e R$ 3,10, ainda vale. Ao contrário das outras concessionárias, a Rodonorte não moveu ação na Justiça Federal para derrubar a liminar. A concessionária entrou com um mandado de segurança na Justiça Estadual, de onde ainda aguarda decisão.
Estimativa do deputado estadual Mauro Moraes (PMDB), autor do projeto de lei, aponta que 600 mil motocicletas do estado se beneficiarão com a decisão. Moraes argumenta que as motos não causam danos às estradas. "As concessionárias faturavam próximo de R$ 1,2 milhão só na cobrança de motos. E isso é um absurdo. Dependendo do trajeto, o motociclista gastava mais com pedágio do que com combustível", enfatiza. No trecho entre Curitiba e litoral, o mais caro das concessionárias, a cobrança era de R$ 5,70.
Para o diretor da regional paranaense da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR-PR), João Chiminazzo Neto, a lei de isenção a motocicletas é "uma afronta à concessão de rodovias". Ele rebate a alegação de que as motos não causam estragos às estradas afirmando que 30% dos acidentes graves nas rodovias envolvem motociclistas, o que exige atendimento das equipes das concessionárias.