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MM Teste - APACHE RTR 150







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A Apache curte o chafariz da Praça General Tibúrcio, na Urca, RJ…

O início das atividades da Dafra Motos, no segundo semestre de 2007, foi audacioso. Parte do Grupo Itavema, líder em concessionárias Fiat no Brasil, a empresa entrou no mercado com fábrica em Manaus, 300 funcionários e 170 pontos de venda. O catálogo inicial da Dafra era composto de quatro modelos, a custom Kansas 150 cc, o scooter Laser 150 cc, a esportiva Speed 150 cc e a básica Super 100.



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A RTR encara o  Batalhão de Montanha da PM-RJ

Como de hábito, as novidades demoram a chegar aqui no Rio de Janeiro, esse longínquo subúrbio de São Paulo. Assim, salvo as edições da Moto do Ano da Revista Duas rodas, nós do Mundomoto não tivemos convivência com as motos Dafra. Críticas sobre a fragilidade, pós-venda e acabamento da primeira geração podem ser encontradas diariamente em fóruns da Internet.



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O soldado nº 23 queria pedir para sair… de Apache!

A tecnologia chinesa, visual e comercialmente vantajosa, enfrentou problemas técnicos nas irregulares vias de transporte brasileiras, o que levou a Dafra a buscar novos parceiros. Depois de pesquisas internacionais, a opção foi pelas indianas TVS Motor e Haojue. Aqui no Brasil, aproveitando a imensa capacidade da fábrica, a empresa se associou à BMW, que passou a produzir o modelo GS 650 cc nas instalações de Manaus.  Por conta dessa operação, a turma dos irreverentes logo apelidou a GS 650 cc 2010 de “BMDafra”.



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O compositor polonês Frederic Chopin: se eu não fosse estátua, compraria uma para mim…

Quando a Dafra nos contatou para duas semanas de testes com a nova Apache RTR 150 cc aqui na província carioca, ficamos de imediato interessados. E aí vai um resumo dos acontecimentos dos 15 dias de convivência com a tribo das Apaches.

Os contatos imediatos com a silvícola indiana foram feitos por mim. De cara, centas idas ao trabalho, no circuito Botafogo/Barra da Tijuca, com direito a centenas de ultrapassagens e situações de risco. No estacionamento da Globosat, a curiosidade era geral. Logo no primeiro dia arranquei com a Honda Bros do Cristiano, motoboy do SporTV, para um giro até Copacabana. A Apache se comportou bem, largando na ponta nos sinais e freqüentando os mesmos corredores. O Cristiano gostou da moto e disse que gostaria de ter uma para “curtir” nos finais de semana. Aliás, essa é a primeira impressão que a Apache causa; uma moto esportiva, mais à vontade em passeios do que nas trilhas urbanas do dia-a-dia.



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Apache pegando um bronze na orla carioca…

Mas não é só isso que ela faz. O modelo testado, por exemplo, registrava mais de 28 mil quilômetros no velocímetro, mantendo excelente estado de conservação.  Só eu rodei quase mil quilômetros com ela, em vias expressas, ruas de bairro e trajetos exigentes como o Alto da Boavista e a Estrada Grajaú Jacarepaguá. A RTR não negou fogo em nenhum momento.



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Para o mergulhador Alexandre, a moto chamaria  a atenção até debaixo d’água…

E quando eu encontrava amigos motociclistas, perguntava a opinião deles sobre a moto, com ou sem uma voltinha de reconhecimento. Meu irmão de armas Sérgio Maurício, locutor do SporTV, não resistiu a um rolé por dentro do estacionamento. Em menos de dez minutos Sérgio Mau  deu seu veredito: – quero uma pra mim.



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O visual da traseira é bem interessante…

Depois de uma semana direto com a Apache, resolvi matar as saudades da minha Suzuki DR 400 Z. Pow, as duas motos só se parecem na cor. Na DR, tive vertigens de altura, achei o banco e as suspensões duras pacarai, hehe. Bom, o motor da Suzuki  é o cão, não dá pra comparar. Mas senti saudades da RTR na hora de abastecer; para completar o tanque foram 19 reais na Suzuki contra apenas 9 da Apache na mesma operação.



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O tanque de 16 litros: autonomia invejável…

A sessão de fotos com meu amigo Leô Aragão foi bem engraçada. O indivíduo em questão e emérito entortador de guidões e paralamas, mas fica cheio de manias quando ataca de fotógrafo. De flanelinha em punho, Leô fez uma “lavagem a seco” e deixou a RTR brilhando, coisa que ele jamais fez com as próprias motos, uma Harley-Davidson 883 cc e uma Honda CRF 250 R. Durante a produção das imagens, nos paradisíacos bairros da Urca e da Praia Vermelha, foi marcante a observação do Lucas, local da região: – que moto mais marrenta!



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Apache in Rio…

A segunda semana  passou sem que eu notasse; tivemos  tempo de estio no Rio, período perfeito para a vida sobre duas-rodas-e-um-motor. Na agenda, um giro pela baixada fluminense, até a cidade de Duque de Caxias, para uma avaliação conjunta com o empresário  e colecionador Ralf Kyllar, um dos maiores  conhecedores de motocicletas que eu conheço.



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RK no estilo pelas ruas caxienses…

Levamos a Apache para uma escalada nas redondezas, com os três dígitos de peso do Ralf mais os meus 70 quilos na garupa. A moto subiu na boa, sem socar as suspensões e abrindo mão de oxigênio artificial, hehe. Como eu esperava, as opiniões do Ralf foram bem sensatas. Ele aprovou a profusão de acessórios, como o painel, que combina instrumentos digitais e analógicos, a carenagem, pedal de partida combinado com partida elétrica, descansos lateral e central (importante para lavagem e manutenção), os amortecedores traseiros com reservatório de gás acoplado (“pulmão extra”), o funcionamento das suspensões, freios, rodas, pneus e o acabamento caprichado.  Para o Ralf, a vantagem das 150 cc sobre as 125 cc é expressiva, pois afinal são 20 % a mais de potência e torque, com pouca diferença em consumo.



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A turma da Motoralf aprovou a nova Dafra…

As críticas dele se resumiram à posição de pilotagem, que apesar de condizentes com a proposta esportiva da RTR, cansam no dia a dia, especialmente para os mais avantajados (hehe, sorry Leô).



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Em ruas esburacadas, a boa é o estilo motocross…

Na minha visão, a moto se comportou muito bem, cruzar a cidade maravilhosa com ela foi divertido e mantive o índice de pontualidade da DR 400 cc. A posição de pilotagem estimula o Valentino Rossi que existe em cada motociclista, mas é bom não abusar para não terminar na chon, como aconteceu com o próprio Rossi no GP da Itália deste ano. Por conta desse espírito velocista, o guidão (na verdade, dois semiguidões) é um tanto baixo, o que, com a minha altura e faixa etária, é problema.



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No Lig China de Botafogo: uns acharam maneira, outros fizeram beiçinho…

Sou fã declarado das trail urbanas, acho que se a Dafra/TVS trouxer um modelo com essa proposta, o sucesso estará garantido. Com esse propósito, fui dar um confere na linha de modelos TVS e encontrei a 160 cc (que conta com injeção eletrônica de combustível) e a 180 cc, considerada a moto do ano pela revista. A moto tem potência de 17,3 hp e, entre outras novidades, abertura ajustável dos semiguidões, pedaleiras de alumínio e freio a disco na roda traseira, com sistema ABS antitravamento. Infelizmente, não achei nada nas modalidades on/off, trail, enduro e motocross, quem sabe no futuro a coisa muda.



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Mas todos queriam dar uma volta!

No modelo testado, a Apache RTR 150 cc, gostei do motor (que vibra um pouco aos 5 mil giros mas se estabiliza a partir daí), câmbio (há que se acostumar com ele, como nos carros Fiat), suspensões e freios (o dianteiro é o cão). O visual atrai, a moto se destaca entre suas congêneres de 150 cc. O peso, 130 quilos a seco, é maior do que o da DR 400 cc, aliás, a moto inteira aparenta ser maior do que é. Senti falta de mais pontos de fixação para bagagem, mas isso também ocorre  com outros  modelos. O pedal de partida, que não chega a incomodar nos deslocamentos, se faz presente quando a moto está parada.  O marcador de combustível pirou e parou de funcionar completamente no final do período de testes. É muito elegante o desenho dos espelhos e do suporte das pedaleiras de garupa. O farol é eficiente na medida da ajuda da iluminação urbana, o que, ao menos no Rio de Janeiro, raramente acontece.



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Tribo Apache pronta para atacar as ruas brasileiras…

Em suma, gostei bastante da experiência, penso que o novo modelo da Dafra mostra evidentes vantagens quando comparado aos modelos anteriores da marca. Assim como aconteceu com a linha inicial de produtos Dafra, o mercado está absorvendo bem o lançamento. Esperemos que investimento do novo produto continue em alta, com ênfase em pós-venda, manutenção e fornecimento de peças de reposição. Somente essa continuidade irá demonstrar de maneira efetiva para o mercado brasileiro de motocicletas que a combinação Dafra/TVS chegou para vencer. Vamos em frente.

Texto: Fausto Macieira

Imagens: Leô Aragão

 

Fonte: Comunidade RTR


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